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"Descoberta única": Túmulo com mais de quatro mil anos encontrado no Egito

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Uma equipa de arqueólogos encontrou um túmulo, no Egito, com cerca de quatro mil e quatrocentos anos, em bom estado, que pertenceria a um sacerdote real e à família. A descoberta foi feita em Saqqara, uma cidade a sul do Cairo, conhecida por ser uma importante necrópole do Antigo Egito. Os elementos descobertos e agora tornados públicos datam do reinado de Neferirkare Kakai, o terceiro rei da quinta dinastia do antigo Egito, disse, citado pelo jornal "The New York Times", Khaled al-Anani, ministro das Antiguidades. A quinta dinastia governou o Egito durante cerca de século e meio, de 2500 a.C. até 2350 a.C. Num comunicado, o ministério explicou que no túmulo encontraram "cenas mostrando o sacerdote com a mãe, a esposa e a família" Em declarações à agência Reuters, Mostafa Waziri, secretário-geral do conselho supremo de antiguidades do Egito, a tumba permaneceu intocada. "Trata-se de uma descoberta única", revelou. O local está a ser

Os 100 anos do Armistício da Grande Guerra Um século após a Grande Guerra, e se há ensinamento a retirar, é que não se devem humilhar os vencidos.

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Faz hoje cem anos. A 11 de Novembro de 1918, era assinado o Armistício que punha fim àquela que todos chamavam a Grande Guerra. Tinha começado quatro anos e meio antes, a 28 de Junho de 1914, quando um nacionalista sérvio, Gravrilo Princip, assassinara o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, na ponte velha da pequena cidade de Sarajevo. A Europa ficou chocada, mas talvez não fosse motivo para preocupação...

Morreu o pintor Eduardo Arroyo, um radical da arte espanhola

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Nascido em Madrid em 1937, Eduardo Arroyo trocou a capital espanhola por Paris em 1958. Foi em França que contactou com o mundo boémio dos artistas e criou o seu próprio grupo com Gilles Aillaud e Antonio Recalcati, defensores da figuração narrativa. Profundamente antifranquista, Arroyo só voltou a Espanha em 1976, após a morte do ditador e foi nos anos 80 que alcançou a fama. Representante da geração herdeira de artistas como Pablo Picasso e Juan Miró, Arroyo teve uma trajetória "combativa e inconformista", nas palavras de Miguel Zugaza, diretor do Museu de Belas Artes de Bilbao, que definiu assim a obra do pintor em fevereiro, quando este protagonizou o  stand do El País na Arco. Uma obra em que história e pintura se mistura. As suas obras foram expostas nos maiores museus espanhóis e um pouco por todo o mundo, de Lisboa a Paris, passando por Berlim.

José Manuel Tengarrinha (1932-2018): O Homem que amava a verdade e não sabia odiar

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Um resistente em várias frentes José Manuel Tengarrinha começou a escrever o seu destino como cidadão aos 15 anos de idade, como militante do MUD Juvenil (Movimento de Unidade Democrática), cuja Comissão Central chegou a integrar. No período do Serviço Militar Obrigatório ficou detido durante um ano na Companhia Disciplinar de Penamacor. A sua insubmissão política, seria traduzida nas suas sucessivas apostas políticas, desde o MUD Juvenil, passando pelo PCP, até à CDE, de que seria o rosto mais visível. O envolvimento cívico ativo, levá-lo-ia a ser um alvo habitual da PIDE, tendo sofrido, repetidamente, a perseguição, a prisão e a tortura. Sempre nas fileiras da Oposição Democrática travou todos os combates eleitorais entre 1958 e 1974, tendo sido candidato à Assembleia Nacional pelo círculo de Lisboa, nas eleições do período marcelista, em 1969 e 1973, tendo sido uma figura de destaque nas duas grandes reuniões da Oposição, respetivamente o Congresso Republicano de 1969, e o Congre

Marx e Marx por Anselmo Borges

No passado dia 5, celebrou-se o segundo centenário do nascimento de Karl Marx, o filósofo, sociólogo e economista cuja obra, para o bem e para o mal, contribuiu de modo decisivo para a mudança da história do mundo. O outro Marx é o cardeal Reinhard Marx, actual arcebispo de Munique e presidente da Conferência Episcopal Alemã, especialista na Doutrina Social da Igreja, um dos conselheiros do Papa Francisco, que foi bispo de Trier, onde Karl Marx nasceu, e que escreveu uma obra bestseller, muito notada também pelo título, o mesmo da do seu homónimo, Das Kapital (O Capital). Ele mesmo confessa que João Paulo II se lhe dirigia com graça como il nostro marxista (o nosso marxista). Tanto no livro, publicado em 2008, como nas entrevistas concedidas ao Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung e ao Rheinische Post online, por ocasião dos 200 anos do nascimento do seu homónimo, o cardeal, que não é marxista, manifesta profundo interesse por Karl Marx e os seus escritos, que chega a considerar &

Margarida Tengarrinha, a “avó radical” da praia da Rocha, faz 90 anos

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Os rapazes da praia da Rocha, seus amigos, chamam-lhe a "avó radical”, porque ainda aceita boleias em mota-de-água e pratica natação. Na Universidade Sénior, onde lecciona, os alunos ficam presos à cor das palavras que usa para ensinar História da Arte. Em Moscovo — para onde partiu após a morte do companheiro, o escultor e pintor José Dias Coelho — trabalhou de perto com Álvaro Cunhal, entre 1962 e 1968. Entre ambos haveria de nascer uma amizade que ficou para sempre, tendo como ponto comum o gosto pelas artes. “Fiz o trabalho de picareta, pesquisa de dados, quando ele escreveu  Rumo à Vitória ”, revela. Agora, quando ensina História da Arte, empresta às palavras a cor e a paixão que imprime aos seus quadros e fala com a autoridade de quem conhece o valor da liberdade. Passou cerca de 20 anos na clandestinidade.

A importância de Ler

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25 DE ABRIL Margarida Tengarrinha, memórias de uma falsificadora

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Margarida Tengarrinha entrou na política em 1948, pelo Movimento de Unidade Democrática. Tornou-se militante do PCP em 1952, depois de ter sido expulsa da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e impedida de dar aulas na Escola Preparatória Paula Vicente. Mergulhou na clandestinidade em 1955. A sua primeira tarefa e do companheiro de então, José Dias Coelho, foi montar a primeira oficina de falsificações do partido. Ele foi assassinado pela PIDE em 1961. Ela nunca foi presa. Foram quase 20 anos de luta clandestina, alguns dos quais passados no exílio. Quase a completar 90 anos, Margarida Tengarrinha lançou Memórias de Uma Falsificadora – A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal (Colibri).

Irene Flunser Pimentel: "Salazar tinha desprezo por grande parte da população portuguesa"

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Poucos governantes colecionaram tantos inimigos, com o pormenor de surgirem não só na oposição mas dentro do seu círculo íntimo A lista é grande, tanto que a historiadora Irene Flunser Pimentel precisou de 500 páginas para os identificar num "manual" que intitulou Inimigos de Salazar, arrancando do esquecimento muitas das personalidades que traíram ou se revoltaram contra Salazar desde o momento em que chega à pasta das Finanças em 1926 e até ao 25 de Abril de 1974, estes últimos seis anos de governação que já não era sua mas em que o legado ideológico se mantinha forte Entre os muitos verbetes deste quase dicionário da oposição ao Estado Novo encontram-se nomes bem conhecidos da oposição política, mas o destaque da historiadora vai para cinco nomes fundamentais: dentro da própria "corte" o general Botelho Moniz; entre os militares que foram fiéis antes de se rebelarem Humberto Delgado; no meio intelectual, Francisco Cunha Leal; na oposição política ativa, Álva

"Os portugueses diziam não ter sido feitos para a guerra de trincheiras"

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FilipeRibeiro de Meneses esteve em Portugal para lançar o seu De Lisboa a La Lys (D. Quixote) e conversou com o DN sobre a célebre batalha que aconteceu faz amanhã cem anos Um pormenor curioso serviu de ponto de partida para a entrevista com o professor universitário na Irlanda: o avô Mário combateu em La Lys e quando a família desconhecia o seu paradeiro o nosso jornal, na edição de 15 de maio de 1918, publicou a foto do oficial, que pouco depois se soube ter sido feito prisioneiro pelos alemães. Escreveu este livro sobre Portugal na Primeira Guerra Mundial agora que faz cem anos de La Lys. Um avô seu esteve lá naquele 9 de abril. O que sabe desse avô e da participação dele na batalha? Sei muito sobre o meu avô, mesmo assim, felizmente. Uma vez capturado, começou a escrever um diário. Que voltou atrás e contou tudo o que se tinha passado desde que chegou a França. E sei também através do meu pai que com ele conviveu. Havia uma grande diferença de anos entre os d

Marx Bicentenário Nascimento 2018

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Duzentos anos depois do seu nascimento, o pensamento e a obra de Marx, nas dimensões científica e filosófica que encerram, ecoam com inteira actualidade. Muitas das ideias de Marx parecem hoje lugares-comuns. A contestação frontal a elementos fundamentais da sua teoria económica e social é timorata. Não porque quem se lhe opõe a aceite na sua essência, mas porque não podendo negar a realidade objectiva, – tanto nas suas múltiplas manifestações sociais como nas correspondentes categorias económicas, – opta por a desvirtuar e subverter. O marxismo pode ser ostensivamente ignorado no ensino ou adulterado em meios académicos. Pode deliberadamente optar-se por Sócrates e pelo estoicismo em detrimento de Epicuro e dos sofistas na filosofia antiga,   insistir na formatação ideológica preferindo o imaterialismo de Kant com o regime censitário em que desemboca ao igualitarismo de Thomas More ou, no domínio da economia, privilegiar

Para refletir...

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TODO O DINHEIRO DO MUNDO All The Money In The World O neto do homem mais rico do mundo é raptado, mas este recusa-se a pagar a exorbitante quantia do resgate... John Paul Getty III, um adolescente de 16 anos e neto do homem mais rico do mundo, Sr. Getty, é raptado. Ao perceber que os raptores exigem uma quantia exorbitante de dinheiro a sua mãe, Gail, rapidamente recorre ao sogro em busca de ajuda. Quando o Sr. Getty se recusa a pagar o resgate, Gail faz de tudo para convencê-lo. Com a vida do seu filho em jogo, Gail alia-se ao braço direito do Sr. Getty, numa corrida contra o tempo que revela a verdade sobre o valor do amor vs dinheiro.