Margarida Tengarrinha, a “avó radical” da praia da Rocha, faz 90 anos

Os rapazes da praia da Rocha, seus amigos, chamam-lhe a "avó radical”, porque ainda aceita boleias em mota-de-água e pratica natação. Na Universidade Sénior, onde lecciona, os alunos ficam presos à cor das palavras que usa para ensinar História da Arte.

Em Moscovo — para onde partiu após a morte do companheiro, o escultor e pintor José Dias Coelho — trabalhou de perto com Álvaro Cunhal, entre 1962 e 1968. Entre ambos haveria de nascer uma amizade que ficou para sempre, tendo como ponto comum o gosto pelas artes. “Fiz o trabalho de picareta, pesquisa de dados, quando ele escreveu Rumo à Vitória”, revela. Agora, quando ensina História da Arte, empresta às palavras a cor e a paixão que imprime aos seus quadros e fala com a autoridade de quem conhece o valor da liberdade. Passou cerca de 20 anos na clandestinidade.



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